Em alta, fundos e multimercados

Edição 334

Esta edição traz o especial Melhores Fundos de Institucionais, que publicamos há mais de vinte anos, com a análise dos fundos a cargo da empresa ComDinheiro. Se tem uma palavra que traduz melhor que todas as outras a essência do que foi fazer gestão de fundos nesse ano conturbado de 2020, essa é volatilidade. Na renda fixa, as curvas de juros subiram repentinamente e abriram oportunidades par quem foi rápido; em multimercados, muitos que souberam entender o interesse de parte dos investidores por alocação no exterior, aproveitando a maior resiliência e diversidade das empresas americanas e europeias frente às suas congêneres brasileiras, também foram bem; e em renda variável, a seletividade na escolha dos papéis e a paciência para esperar os resultados das escolhas, também fez diferença. Cada uma dessas variáveis, seja curva de juros, alocação no exterior ou seleção de papéis, oscilou várias vezes durante o ano ao sabor das notícias da pandemia no Brasil e no mundo.
Foram 892 fundos analisados nessa edição dos Melhores Fundos, de 136 gestores, sendo que desses 310 foram classificados como excelentes (verdes), 285 como adequados (amarelos) e 297 insuficientes (vermelhos). O gestor com o maior número de fundos excelentes foi a Bram, com 48 fundos verdes no período de 12 meses, seguido pela BB DTVM e Itaú, respectivamente com 34 e 26 excelentes no mesmo período.
Além desse especial, a edição traz várias reportagens relevantes. Uma deles mostra o avanço rápido dos multimercados ligados a bancos e seguradoras, que crescem devido a adesão de empresas novas mas também devido a adesão das fundações e planos de menor porte que não têm escala para bancar uma administração de gente e recursos tecnológicos para trazer os melhores resultados aos planos. O maior desses multipatrocinados, o BB Previdência ligado ao Banco do Brasil, já tem RS$ 9 bilhões em patrimônio, seguido de Multiprev (Metlife) e Multibra (Bradesco).
Merece destaque também a reportagem que conta um pouco da história da Itajubá, agente autônomo dríada há 13 anos por Carlos Garcia e que se tornou uma das principais distribuidoras de fundos de gestores independentes aos investidores institucionais. A empresa, focando crescer no mercado de distribuição de papéis do mercado de capitais, está virando DTVM.
Esses são os principais destaques dessa edição, boa leitura a todos.